segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Fim do Começo

FIM

A última palavra de Claraluz e o Poeta, enfim, está posta. Depois de um ano e dois meses, 446 páginas e 55 capítulos, o meu primeiro livro passa a fazer parte do grupo da existência concreta, porque a palavra FIM já figura lá. A última palavra na última página, depois da última frase: FIM. 
        
       Nestes 14 meses, uma longa história, sofrida e gloriosa ao mesmo tempo. E no final das contas, este romance se tornou uma grande reflexão sobre a utopia, os sonhos humanos que edificam a nossa imensa História, pela ousadia do acreditar. Se não fosse a utopia, Santos Dumont não teria inventado o avião, geringonça mais pesada do que o ar, até fazê-lo voar como pássaros, e Albert Einstein não teria descoberto a Lei da Relatividade e ampliado soberbamente a nossa visão sobre a insondável Existência. A utopia nos faz acreditar no amor, o mesmo amor brotado nos corações de Claraluz e do seu poeta. E assim se apresenta ao mundo a minha utopia, descoberta entre o pacote de dons que a mim foi dado desde que me aportei no primeiro parênteses da existência da minha vida, e que pretendo abandoná-la somente no fechamento do segundo parênteses, nesta nossa breve passagem pela máquina que fabrica o Tempo. 
         
        O FIM foi um presente que me dei, no sábado, dia 4 de fevereiro, o dia do meu aniversário. Um presente que me permiti, para que, no posterior, eu possa presentear todos os amantes da literatura, um presente saboroso, com ingredientes de pura emoção e arte, numa estória coerente e ao mesmo tempo surrealista e mágica. Uma mistura de estilos homogeneizados em todo o percurso do romance. Um caldo que contém recheios generosos de trechos de músicas e poesias, citações de autores e celebridades, ricas ambientações em Sabará, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, núcleos formados, assim como nas telenovelas, compostas de incríveis estórias, abarrotadas de enigmas, erotismo, romantismo, reflexões filosóficas, realismo, realismo fantástico, abordagens atualíssimas, suspenses, enfim, emoções variadas e ricas para quem quiser deleitar-se nesta bela e mágica dança das palavras.
         
        Nestes 14 meses,  Claraluz e o Poeta, surpreendentemente ganhou popularidade, principalmente através da rede social Facebook, que me consumiu um valoroso tempo na interação com internautas de todos os cantos do planeta. Assim,  Claraluz e o Poeta passou a ser um livro esperado por pessoas de mais de 100 cidades de Minas Gerais, por pessoas que moram do Rio Grande do Sul a Rondônia, como também por pessoas de diversos países, como Portugal (onde a expectativa é grande, e com locais já firmados para o lançamento do livro em Lisboa e Coimbra), Estados Unidos (diversas localidades, principalmente na região de Nova York e no estado da Califórnia), Argentina, Chile, Uruguai, Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Espanha, Bulgária, Romênia, Paquistão, Líbano, Israel, Índia (surpreendentemente, os indianos são os que mais manifestam expectativas entre os povos orientais) e Japão.
          
        Agora, a segunda fase, que irá seguir o caminho da concretização. O livro pronto e acabado, com capa e páginas de papel, contendo mais de 190.000 palavras. Um trabalho que conta já com uma pequena equipe, ao qual reverencio, um a um:


Toninho Nunes – empresário de  Claraluz e o Poeta, será o responsável pela editoração e a coordenação da distribuição do livro.
Sara Soares Oliveira – crítica literária. Historiadora e geógrafa de Itabira, me acompanhou a cada capítulo, e trocando impressões como leitora, me posicionou idealmente para que eu pudesse escrever esta bela história.
Alice Okawara – artista plástica, é responsável pela ilustração do livro, e seu trabalho está a pleno vapor, criando ilustrações, num belíssimo trabalho gráfico, compondo montagens fotográficas a partir das ilustrações criadas por ela. 
Geraldo Ganzarolli – professor formado em Letras, filho e irmão de escritores e Capitão da Força Aérea Brasileira, responsável pela revisão gramatical e ortográfica de toda a obra.
Lincoln Grigório Pinto – advogado, responsável pela estruturação legal da obra.
Empresa 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br) – responsável pela divulgação do livro, e pela concepção da estória paralela dos personagens, através da interatividade com os leitores.
Margareth Pinheiro – promoter, será responsável pelo lançamento do livro nas diversas cidades de Minas Gerais, de outros estados brasileiros e em outros países.
Carlos Aparecido Soares – meu assessor direto, responsável pelas demandas cotidianas.


Claraluz e o Poeta tem como slogan a frase: “Em 10 dias, a vida de 10 pessoas muda radicalmente”. E assim, apresento os personagens:
Claraluz: apelido de Clarissa Montenegro, médica pediatra, moradora do Leblon, Rio de Janeiro. 
Mandel: morador de Sabará, sociólogo, professor, poeta e músico. Ele e Claraluz se conhecem casualmente pela internet, e uma rápida e arrebatadora paixão se estabelece entre eles.
Esther: psicóloga, oriunda de Barbacena e moradora do Bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte, namorada de Mandel antes dele se apaixonar por Claraluz.
Janaina: moradora de Sabará, uma bela morena de 20 anos e amante de Mandel, que vivia uma crise de relacionamento com Esther.
Magda: sobrinha de Esther e também nascida em Barbacena, morava com ela na Cidade Nova. Uma belíssima e sensual loira, Magda era hacker, e descobre o relacionamento de Mandel e Claraluz pela internet após invadir o computador do namorado da sua tia. Uma das vilãs da estória.
José: um rapaz de 19 anos de idade, morador do bairro Gutierrez, em Belo Horizonte, era consumidor de crack e cliente de Esther.
Maria: uma garota de 18 anos de idade também consumidora de drogas, conhece José numa Reunião do Grupo Narcóticos Anônimos do Hospital Santa Maria, na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. Eles se apaixonam e provocam uma monumental reviravolta em suas vidas.
Clóvis Montenegro: diplomata aposentado, morava em Copacabana, no Rio. Era o pai de Claraluz. Agradável, sábio e carismático, Clóvis tinha como principal hobby tocar cavaquinho num grupo de chorinho com amigos, denominado Chorões da Tijuca.
Gertrudes Vasconcelos: mãe de Claraluz e separada de Clóvis, era uma socialite fútil e obcecada pelos holofotes das colunas sociais. Um fato inusitado provocará uma reviravolta monumental em sua vida.
Paulo Barretto: noivo de Claraluz antes de ela conhecer Mandel, era um rico médico endocrinologista. Morador da Urca, no Rio, Barretto era conhecido por ser extremamente calculista e frio. Ao saber, através de Magda, que se apresentava clandestinamente, passou a querer saber quem era aquela mulher que lhe informava sobre a vida amorosa da sua ex-noiva.
Barão Humberto de Lucena: o poderoso empresário da indústria naval e pai de Barretto, o barão cerca-se de mistérios, pois ele sabia de antemão de todos os fatos das vidas de Claraluz, Mandel e Barretto, de uma forma que não seria possível de se saber neste antemão.
Joyce: modelo carioca e que trabalhava numa agência de modelos de Ipanema, conhece Barretto através das pistas falsas plantadas por Magda, que usava, para se encobrir, os codinomes Capitu e Diadorim, personagens enigmáticos criados por dois mestres da literatura brasileira, Machado de Assis e Guimarães Rosa. 
Matheus: baterista, primo e parceiro de Mandel, também morador de Sabará, comandava a banda MPdoB.
Ditão: hacker que comandava uma série de crimes cibernéticos, e que estabeleceu parceria com Magda.
Regina: enfermeira-chefe da ala de pediatria do Hospital Federal da Lagoa, no Rio, era amiga e confidente de Claraluz. Filha de mãe japonesa e pai baiano, carregava um desafio típico dos tempos atuais.
Cleuza: empregada doméstica de Gertrudes, vinda do bairro Cascadura, zona norte do Rio, era confidente de Claraluz.
Martinha: cachorrinha poodle de Gertrudes.
Gabriel: juiz aposentado, pai de Mandel.
Sara: professora aposentada e ex-diretora escolar. Mãe de Mandel, morava com o marido Gabriel em um sítio no distrito de Morro Vermelho, na cidade de Caeté.
Lucas: garoto de sete anos de idade, filho de Mandel com Luciana, num relacionamento já desfeito. Morava com a mãe no bairro Santa Teresa, em Belo Horizonte.
Guardiões da Luz: Sociedade hermética, nascida após a sedimentação da Revolução Francesa e criada para proteger e esmiuçar documentos elaborados pelos filósofos iluministas franceses, que foram roubados pela monarquia decadente francesa, sob o comando dos reis Luís XV e Luís XVI, e recuperados pela Sociedade Mística Rosa Cruz nos tempos de Napoleão. Alguns personagens eram membros desta sociedade, entrelaçando suas estórias. 


            E desta forma, está aí a estrutura de  Claraluz e o Poeta, para que a estória se transforme em realidade pela leitura de um romance belo e fascinante. A arte não é do artista, mas de quem, ao consumi-la, transforma-a em sua alma numa edificação emocional e intelectual. E peço a cada um de vocês, assim como foi em todo este período, o apoio para que  Claraluz e o Poeta possa alçar voo e ganhar o céu das psiques de cada pessoa.


           Com emoção, deixo aqui um grande abraço a todos os futuros leitores de  Claraluz e o Poeta .


           Mauro Brandão

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gertrudes - protótipo de uma das mulheres ricas

A personagem Gertrudes é a típica socialite fútil e vazia. E o programa Mulheres Ricas, da Band, nos dá uma mostra de algumas dessas "Gertrudes". Nada veio tão a calhar quanto esse programa. Pelo menos para sedimentar a personagem do romance. Abaixo, um trecho de Claraluz e o Poeta, onde Gertrudes mostra-se furiosa ao saber que Claraluz rompeu o noivado com Barretto, um rico médico endocrinologista, filho do poderoso barão Humberto, grande empresário da indústria naval, do Rio de Janeiro:


Neste momento, o celular de Claraluz toca, ela identifica a ligação e fala para Clóvis:
            — É a mãe! Só um minuto, pai!
            — Oi mãe, tudo bem? – fala Claraluz, atendendo a ligação.
            — Não! Não está nada bem! Já estou sabendo do teu ato de insanidade que cometeras ontem! Conversei com o Barretto pelo telefone esta manhã, e ele me contou sobre as tuas atitudes! Ta maluca? – responde Gertrudes, com rispidez.
            — Não mãe! Nunca estive tão lúcida como agora! – responde Claraluz. — Dormi na casa do pai, mas daqui a pouco estarei lá em casa, pois já planejava conversar contigo!
            — Eu podia adivinhar que tu estarias no Clóvis! Liguei lá em casa e a Cleuza disse que tu não havias dormido lá! – devolve Gertrudes, de forma ríspida. — Teu pai sempre passou a mão na tua cabeça, sempre quis acobertar tuas sandices, como aquele seu namoradinho, o Guilherme, aquele surfista do Leme... Seria um desastre para a tua vida se tu, porventura, tivesses casado com aquele malandro! Agora tu arranjaste um ótimo partido, um genro que toda mãe sonha para uma filha, um médico cada vez mais famoso, bonitão, bom caráter, rico, filho de um pai poderoso, e tu vai e descarta o Barretto? Tenha dó! E ainda diz que está gozando da plenitude das faculdades mentais...
            — Mãe, em primeiro lugar eu quero lhe dizer que o pai sempre foi carinhoso e atencioso comigo, e estas palavras, carinho e atenção, desapareceram das tuas atitudes. Quanto ao Guilherme, eu tinha 16 anos ainda, e ele 17. Éramos muito jovens, e o fato dele ser surfista não o impedia de ser um jovem estudioso e responsável... Quanto preconceito! E quanto ao Barretto, eu sei que ele é tudo isso que tu disseste, mas eu não o quero como marido, entende? Não é o homem que quero para passar os dias e as noites da minha vida! Eu não o amo, mãe! Eu não amo o Barretto! – responde Claraluz, sob o olhar atento e preocupado de Clóvis.
            — Amor, amor... Quantas ilusões nesta cabecinha oca e que teima em ser eternamente adolescente... – retruca Gertrudes. — Mas nós teremos uma conversa séria, muito séria lá em casa. Estou saindo de Búzios daqui a pouco, e devo estar em casa por volta das duas da tarde... — Tudo bem, querido, daqui a pouco falo contigo! – fala Gertrudes com outra pessoa, interrompendo a conversa com Claraluz, se afastando do microfone do celular, mas não o suficiente para que Claraluz não ouvisse, que por sua vez, pergunta:
            — Tu estás acompanhada de alguém?
            — Era só o encanador, meu bem, que está fazendo alguns reparos na casa! – responde Gertrudes.
            — Mas tu o tratas de querido, assim, tão íntimo? – devolve Claraluz
            — Meu amor!– responde Gertrudes, mudando o tom da voz completamente. — Tu sabes que eu tenho uma forma de tratar a todos como querido, querida, meu amor... Sabes que é o meu jeito!
            — Sim mãe! É o seu jeito de tratar as pessoas, mas as pessoas da sua rodinha social, dos poderosos que tu gostas tanto de bajular! Estes profissionais, pelo que te conheço, não são merecedores destes adjetivos da sua parte. Ao contrário, tu sempre os trataste com casca e tudo! Atitude, aliás, que nunca gostei.
            — Olha filha, acho que tu estás fazendo mau juízo de mim! – responde Gertrudes, com um pouco de insegurança. — Este encanador que está prestando seus serviços aqui é um senhor de idade. Eu o trato assim porque ele é muito simpático, e ainda se sujeitou a perder uma parte do seu domingo para terminar seus serviços, o que é uma raridade, ainda mais se tratando desta classe, onde quase todos são muito enrolados! Eu vou fazer o pagamento dos seus serviços para liberá-lo! Mas te espero em casa para termos esta nossa conversa.
            — Ta bom mãe, iremos conversar – responde Claraluz, sem se convencer das explicações de Gertrudes. — E venha com cuidado na estrada. Boa viagem!
            — Obrigado querida, e até mais tarde! – despede-se Gertrudes.
            — Tchau mãe! Até mais tarde! – despede-se Claraluz.
            Gertrudes desliga o telefone e vira-se para a pessoa que estava com ela na casa:
            — Meu amor, precisamos ter muito cuidado! A minha filha ficou muito desconfiada quando falei contigo! Acho que vacilei!

domingo, 20 de novembro de 2011

Claraluz e o Poeta - Sete não! Setenta vezes sete!

Ontem, 19 de novembro de 2011 - Dia da Bandeira. -, a minha mãe, Lucy Alves Brandão, comemorou 79 anos. Carismática e otimista, a minha mãe sempre reuniu a família em torno das comemorações de uma data especialmente importante para nós, que é a data do aniversário, marco na história do universo que reside em cada um de nós, e que experimentamos unicamente o maior milagre de todos os infindáveis milagres que operam o milagre da existência: o milagre da vida.

E na estrada de Claraluz e o Poeta, um grande passo foi dado para iniciar a segunda etapa da obra - o trabalho de edição e publicação do livro -, pois, a partir de agora, agregou-se aos trabalhos um empresário, que vai dar dinâmica operacional: Antônio Carlos Nunes.

Antônio Carlos Nunes, Toninho, é marido da minha prima, Maria de Lourdes - filha da minha tia Natalina e irmã de meu pai, Nilson. O escolhi há alguns dias, e aproveitando-me da sua presença na casa da minha mãe, fechamos um acordo decisivo para o começo desta segunda e decisiva etapa, que rumará ao livro propriamente dito, tudo bonitinho e no lugar, com capa e com mais de 400 páginas de papel impresso, disponibilizado nas livrarias e em muitos outros locais de venda e distribuição, para que as pessoas enfim possam adquiri-lo, e assim permitirem-se mergulhar nas emoções de uma estória que veio para somar o quadro das obras literárias que inudam a alma de cada um de nós com graça, magia, encanto e amor.

Toninho, pessoa a quem admiro profundamente, além de ser primo "emprestado", é um homem dotado de rara inteligência, perspicaz, dono de uma visão ampla e ágil, audacioso e de pés no chão ao mesmo tempo, otimista e de bem com a vida. E, o mais importante: amigo e ser humano de alma grande e boa. E agora, em parceria e solidariamente, operando os desafios de um trabalho que começa a desejar ardentemente a ter corpo, um corpo de livro.

Desde o início dessa odisseia, por obra do mais belo arranjo orquestrado pela sincronicidade universal, me cerquei de grandes amigos, pessoas de alma grande como Toninho, Maria de Lourdes, e seus filhos Ana Paula e Alexandre, meu afilhado de batismo.
Sara Soares,
Alice Okawara,
Geraldo Ganzarolli,
Margareth Pinheiro,
Lincoln Grigório Pinto,
Carlos Aparecido Soares (Mini),
Patrícia Chammas
Cristiane Vilela Jordão,
a minha sobrinha e afilhada Stefaniny Ratto Brandão,
e a empresa 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br) -
Pedro,
Vanessa,
Luana e
Izabela,
são as pessoas que, neste movimento gravitacional em torno de Claraluz e o Poeta, incoporaram-se à obra, que está caminhando para o seu estar pronta, pronta e acabada. Muitas pessoas, amigas, ainda integrarão esse sonho sonhado que passeia nos trilhos da realidade, pois esse é um sonho que não está sendo sonhado só. Sonhado por muitos, muitos e muitos, nessa emocionante altura do campeonato.

Uma das citações mais impactantes que Toninho proferiu à mim, nessa noite mais que agradável, foi quando eu contei que estava em curso projetos de sete livros escritos por mim (alguns em parceria autoral). Decididamente, ele olhou para mim, retrucando:
- Sete não, setenta vezes sete!

E é assim que caminhamos pela vida, com as bençãos da minha mãe, e com os abraços dos filhos, Tarcísio e eu, a esta ilustríssima aniversariante.

(Curiosidade: Toninho é sabarense como cidadão. Nasceu em João Monlevade, mas viveu a sua vida familiar em Sabará desde novo, com raízes fincadas e irremovíveis nas terras que respiram o mesmo ar que Borba Gato respirou. Depois viveu com a família em Porto de Trombetas, no Pará, e por fim, mora com a família em BH. Sabará é a terra de Mandel - o poeta de Claraluz e o Poeta, e Belo Horizonte é onde moram Esther, Magda, José, Maria e outros personagens do romance.)

Grandes Abraços...!
Mauro Brandão

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Capítulo VII - Descobrindo o livre-arbítrio

O livre-arbítrio é a característica mais contundente do ser humano. Em algum momento antropológico, quando esta espécie singular entre os seres viventes deste planeta descobriu que podia optar entre várias ações, começou-se a construir a História. Todos os fatos, conhecidos ou não, são decorrentes do livre-arbítrio, narrados em verso e prosa; pelo poeta português, Luís Vaz de Camões, na epopeia Os Lusíadas, que narra os atos heróicos dos portugueses em aventuras pelo misterioso mar, dobrando o Cabo da Boa Esperança e descobrindo um novo caminho para as Índias, pelo poeta épico grego Homero, em seu poema Odisseia, que narra a volta de Ulisses, herói da Guerra de Troia, à sua terra natal, Ítaca, depois de 10 anos; ou mesmo nas narrativas religiosas, onde, no Genesis bíblico, Adão, ao provar o fruto da árvore proibida, adquiriu a consciência da existência do Bem e do Mal, e a partir disso, a ciência da escolha, da livre opção por trilhar pelos caminhos possíveis.

A descoberta do livre-arbítrio foi sedimentada definitivamente na alma de Claraluz, quando ela decide romper com as imposições aristocráticas de sua família, encarnadas principalmente por sua mãe, Gertrudes, uma socialite do Leblon, no Rio de Janeiro, e por fim ao seu noivado com o médico endocrinologista Paulo Barretto de Lucena, conhecido por Barretto, filho de um poderoso empresário da indústria naval, o barão Humberto de Lucena, moradores da Urca. Claraluz percebeu que só poderia viver o seu sonho pessoal, singular e único se caminhasse com suas próprias pernas, e guiadas pela sua consciência emocional e afetiva.

As escolhas, qualquer que sejam, produzem resultados. E qualquer escolha exige algum tipo de renúncia, resultante da limitação temporal e espacial do indivíduo. A opção de escolher o caminho dos sonhos convergem a um mesmo resultado, seja para os heróis portugueses de Camões, seja para Ulisses e os gregos de Homero, seja para Claraluz, uma médica que amava a poesia, a música, as artes em geral e o amor, ou seja para cada um de nós, que enxerga o seu sonho e aposta todas as fichas nele, renunciando a qualquer caminho que não seja ao dos nossos sonhos.

Mas uma escolha individual sempre incidirá num raio que extrapola, em muito, as fronteiras singulares do indivíduo. Uma espécie de "efeito-borboleta" ocorre a partir da ação de qualquer um de nós, resultante do nosso livre-arbítrio. O livro "Claraluz e o Poeta", em suas inevitáveis entrelinhas, propõe também a uma reflexão aos nossos sonhos e ao livre-arbítrio. Se descobrirmos que a vida passa a ter sentido quando buscamos vivenciar nossos sonhos, passaremos a entender o livre-arbítrio como uma ferramenta de libertação do nosso eu, da nossa psique.

OBS: Leia o texto abaixo, que contém um trecho do Capítulo VII. Clique no ícone com 4 setas, no canto inferior direito do texto, para ler em tela cheia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comemorando Setembro

Vou me permitir, com a licença de Izabela Carvalho, Luana Borges, Vanessa Lima, Juliana Álvares e Pedro Melo, integrantes da nave 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br), empresa que gerencia a divulgação digital de Claraluz e o Poeta, mudar um pouco a sequência de postagens. O acordo entre nós foi de postar um trecho de um capítulo, sequencialmente, a cada semana. Mas dois motivos fizeram que eu alterasse o rumo desta rotina que estabelecemos.

O primeiro, é que ficou importante publicar os textos depois da revisão gramatical e ortográfica, que está sendo realizada pelo revisor Geraldo Ganzarolli, que neste momento está debruçando e peneirando as palavras, frases, estrofes e pontuações, a fim de deixar Claraluz e o Poeta perfeito para a leitura sadia, sem atropelos gramaticais, mas sem deixar fluir nos textos a liberdade das variações literárias em torno da rigidez das regras ortográficas. E o segundo, como prometi, é finalizar Claraluz e o Poeta neste setembro de tantas esperanças, expectativas e sonhos.

E por isso, decidi postar algo diferente do rotineiro. Para comemorar este setembro tão especial, resolvi selecionar o trecho que motivou a publicação de Claraluz e o Poeta, antes mesmo de estar pronto, e que, graças a este texto, este romance provocou paixões em muitas pessoas, de variados lugares e de naturezas diferenciadas, e indo até além das fronteiras brasileiras, indo parar nos Estados Unidos, Portugal, Itália, Alemanha, Suíça, Argentina e Uruguai, por enquanto.

Este trecho abaixo foi publicado em novembro do ano passado, no mural de uma amiga (cujo nome não revelarei, por razões da privacidade dela), no Facebook, e foi publicado porque, ela sendo minha amiga antes de nos tornarmos amigos facebookianos (ou como diria minha amiga Sara Soares de Oliveira - crítica literária da obra, feicebuquianos), fazia-me conhecer particularidades da sua vida. Depois de ver o seu álbum de fotos, tomado pela emoção daquelas imagens, achei que, em nome do amor que a ele ela dedicou-se, assumiu e enfrentou adversidades, o trecho do livro cair-lhe-ia como luvas. Publiquei, e quando várias pessoas - entre elas a minha querida amiga Alice Okawara, ilustradora de Claraluz e o Poeta - descobriram o texto, descobriram também, por trás dele, um belo romance, que incendiariam almas com a energia do mais belo amor romântico.

E este texto é parte das conversas que Claraluz e Mandel tiveram, quando se conheceram pela internet, através do Messenger. Os nomes vem na frente, reproduzindo uma janela destas dezenas de Messengers que tem na rede, como o msn. E assim, depois de Claraluz ter questionado Mandel sobre o seu suposto ateísmo, ele a devolve com uma maravilhosa expressão poética, saída dos seus mais longiquos rincões da sua paixão por Claraluz. Naquele momento, o amor explode.

Mauro Brandão

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Capítulo VI - O amor romântico rompe as barreiras da distância

Todos nós estamos nos acostumando com a ideia de conhecer pessoas moradoras de outras cidades, de outros estados, e mesmo de outros países, pela internet. O que era novidade, ou excêntrico, agora configura-se como normal. Quantos amigos, amigos daqueles que podemos bater no peito e dizer: - este (ou esta) é meu amigo(a), são frutos destes novos relacionamentos surgidos com o advento da internet? Quantas pessoas conhecemos (às vezes, algum de vocês que leem este texto viveu ou vive algo parecido) que namoram, namoraram ou mesmo se casaram (ou moram juntas, o que dá no mesmo), e que se conheceram numa sala de bate papo, numa rede social, ou através de um grupo virtual? Agências de namoro pipocam por todos os lados nas páginas do mundo internauta. Os relacionamentos ampliaram, mudaram de cara, mudaram de paradigmas, e a distância física entre duas pessoas deixou de ser barreira, deixou de ser empecilho para a formação de uma nova amizade, para o resgate de velhas amizades que se separaram geograficamente, ou mesmo para o encontro e a busca de novos amores. Os corações apaixonados disparam com a presença daquela pessoa, que aparece do outro lado da tela, como se estivessem a menos de meio metro de distância. O mundo mudou com a internet, e, com ele, mudaram as formas e possibilidades do amor romântico.


E em Claraluz e o Poeta, a estória de Claraluz e Mandel é um caso que se mistura a estes milhões de casos de pessoas que se encontraram pela internet e se apaixonaram. Namoram da mesma forma que os antigos casais de namorados namoravam. Os antigos namorados, sentados no sofá da casa da moça, trocavam informações sobre eles, a fim de se conhecerem melhor. Mostravam suas fotografias, seus discos, falavam dos seus gostos, das suas preferências religiosas, dos seus princípios filosóficos, dos seus costumes e hábitos. Na internet, os namorados de hoje fazem a mesma coisa (até dão uma escapulida e realizam seus desejos sexuais também). A diferença é que a poltrona é eletrônica, tecida pelas ondas eletromagnéticas que os permitem estarem juntos, coladinhos. Falta sentir o cheiro? Falta o sabor dos beijos? Falta o afago com as mãos? Falta o ardor da realização sexual? Claro que falta tudo isso, mas isso também se resolve, numa viagem de carro, de ônibus ou de avião. O que importa é que pessoas afins se identificam virtualmente, nesta mega quermesse, neste giga baile, que é a internet.
 
 
O capítulo VI de Claraluz e o Poeta é uma amostra deste namoro virtual, onde Claraluz e Mandel, sentados, grudadinhos no sofá das telecomunicações, trocavam estas mesmas informações, como faziam os namorados de outrora. Por isso, para brindar os namorados do século 21, ofereço uma amostra do namoro de Claraluz e Mandel que, pelo Messenger, trocavam suas informações envoltos em um denso e perfumado ar poético.
  
Mauro Brandão

(não se esqueça, para ler os trechos do livro, no quadro abaixo, em tela cheia, basta clicar no ícone que tem quatro setinhas - abaixo do texto, à direita)