domingo, 20 de novembro de 2011

Claraluz e o Poeta - Sete não! Setenta vezes sete!

Ontem, 19 de novembro de 2011 - Dia da Bandeira. -, a minha mãe, Lucy Alves Brandão, comemorou 79 anos. Carismática e otimista, a minha mãe sempre reuniu a família em torno das comemorações de uma data especialmente importante para nós, que é a data do aniversário, marco na história do universo que reside em cada um de nós, e que experimentamos unicamente o maior milagre de todos os infindáveis milagres que operam o milagre da existência: o milagre da vida.

E na estrada de Claraluz e o Poeta, um grande passo foi dado para iniciar a segunda etapa da obra - o trabalho de edição e publicação do livro -, pois, a partir de agora, agregou-se aos trabalhos um empresário, que vai dar dinâmica operacional: Antônio Carlos Nunes.

Antônio Carlos Nunes, Toninho, é marido da minha prima, Maria de Lourdes - filha da minha tia Natalina e irmã de meu pai, Nilson. O escolhi há alguns dias, e aproveitando-me da sua presença na casa da minha mãe, fechamos um acordo decisivo para o começo desta segunda e decisiva etapa, que rumará ao livro propriamente dito, tudo bonitinho e no lugar, com capa e com mais de 400 páginas de papel impresso, disponibilizado nas livrarias e em muitos outros locais de venda e distribuição, para que as pessoas enfim possam adquiri-lo, e assim permitirem-se mergulhar nas emoções de uma estória que veio para somar o quadro das obras literárias que inudam a alma de cada um de nós com graça, magia, encanto e amor.

Toninho, pessoa a quem admiro profundamente, além de ser primo "emprestado", é um homem dotado de rara inteligência, perspicaz, dono de uma visão ampla e ágil, audacioso e de pés no chão ao mesmo tempo, otimista e de bem com a vida. E, o mais importante: amigo e ser humano de alma grande e boa. E agora, em parceria e solidariamente, operando os desafios de um trabalho que começa a desejar ardentemente a ter corpo, um corpo de livro.

Desde o início dessa odisseia, por obra do mais belo arranjo orquestrado pela sincronicidade universal, me cerquei de grandes amigos, pessoas de alma grande como Toninho, Maria de Lourdes, e seus filhos Ana Paula e Alexandre, meu afilhado de batismo.
Sara Soares,
Alice Okawara,
Geraldo Ganzarolli,
Margareth Pinheiro,
Lincoln Grigório Pinto,
Carlos Aparecido Soares (Mini),
Patrícia Chammas
Cristiane Vilela Jordão,
a minha sobrinha e afilhada Stefaniny Ratto Brandão,
e a empresa 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br) -
Pedro,
Vanessa,
Luana e
Izabela,
são as pessoas que, neste movimento gravitacional em torno de Claraluz e o Poeta, incoporaram-se à obra, que está caminhando para o seu estar pronta, pronta e acabada. Muitas pessoas, amigas, ainda integrarão esse sonho sonhado que passeia nos trilhos da realidade, pois esse é um sonho que não está sendo sonhado só. Sonhado por muitos, muitos e muitos, nessa emocionante altura do campeonato.

Uma das citações mais impactantes que Toninho proferiu à mim, nessa noite mais que agradável, foi quando eu contei que estava em curso projetos de sete livros escritos por mim (alguns em parceria autoral). Decididamente, ele olhou para mim, retrucando:
- Sete não, setenta vezes sete!

E é assim que caminhamos pela vida, com as bençãos da minha mãe, e com os abraços dos filhos, Tarcísio e eu, a esta ilustríssima aniversariante.

(Curiosidade: Toninho é sabarense como cidadão. Nasceu em João Monlevade, mas viveu a sua vida familiar em Sabará desde novo, com raízes fincadas e irremovíveis nas terras que respiram o mesmo ar que Borba Gato respirou. Depois viveu com a família em Porto de Trombetas, no Pará, e por fim, mora com a família em BH. Sabará é a terra de Mandel - o poeta de Claraluz e o Poeta, e Belo Horizonte é onde moram Esther, Magda, José, Maria e outros personagens do romance.)

Grandes Abraços...!
Mauro Brandão

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Capítulo VII - Descobrindo o livre-arbítrio

O livre-arbítrio é a característica mais contundente do ser humano. Em algum momento antropológico, quando esta espécie singular entre os seres viventes deste planeta descobriu que podia optar entre várias ações, começou-se a construir a História. Todos os fatos, conhecidos ou não, são decorrentes do livre-arbítrio, narrados em verso e prosa; pelo poeta português, Luís Vaz de Camões, na epopeia Os Lusíadas, que narra os atos heróicos dos portugueses em aventuras pelo misterioso mar, dobrando o Cabo da Boa Esperança e descobrindo um novo caminho para as Índias, pelo poeta épico grego Homero, em seu poema Odisseia, que narra a volta de Ulisses, herói da Guerra de Troia, à sua terra natal, Ítaca, depois de 10 anos; ou mesmo nas narrativas religiosas, onde, no Genesis bíblico, Adão, ao provar o fruto da árvore proibida, adquiriu a consciência da existência do Bem e do Mal, e a partir disso, a ciência da escolha, da livre opção por trilhar pelos caminhos possíveis.

A descoberta do livre-arbítrio foi sedimentada definitivamente na alma de Claraluz, quando ela decide romper com as imposições aristocráticas de sua família, encarnadas principalmente por sua mãe, Gertrudes, uma socialite do Leblon, no Rio de Janeiro, e por fim ao seu noivado com o médico endocrinologista Paulo Barretto de Lucena, conhecido por Barretto, filho de um poderoso empresário da indústria naval, o barão Humberto de Lucena, moradores da Urca. Claraluz percebeu que só poderia viver o seu sonho pessoal, singular e único se caminhasse com suas próprias pernas, e guiadas pela sua consciência emocional e afetiva.

As escolhas, qualquer que sejam, produzem resultados. E qualquer escolha exige algum tipo de renúncia, resultante da limitação temporal e espacial do indivíduo. A opção de escolher o caminho dos sonhos convergem a um mesmo resultado, seja para os heróis portugueses de Camões, seja para Ulisses e os gregos de Homero, seja para Claraluz, uma médica que amava a poesia, a música, as artes em geral e o amor, ou seja para cada um de nós, que enxerga o seu sonho e aposta todas as fichas nele, renunciando a qualquer caminho que não seja ao dos nossos sonhos.

Mas uma escolha individual sempre incidirá num raio que extrapola, em muito, as fronteiras singulares do indivíduo. Uma espécie de "efeito-borboleta" ocorre a partir da ação de qualquer um de nós, resultante do nosso livre-arbítrio. O livro "Claraluz e o Poeta", em suas inevitáveis entrelinhas, propõe também a uma reflexão aos nossos sonhos e ao livre-arbítrio. Se descobrirmos que a vida passa a ter sentido quando buscamos vivenciar nossos sonhos, passaremos a entender o livre-arbítrio como uma ferramenta de libertação do nosso eu, da nossa psique.

OBS: Leia o texto abaixo, que contém um trecho do Capítulo VII. Clique no ícone com 4 setas, no canto inferior direito do texto, para ler em tela cheia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comemorando Setembro

Vou me permitir, com a licença de Izabela Carvalho, Luana Borges, Vanessa Lima, Juliana Álvares e Pedro Melo, integrantes da nave 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br), empresa que gerencia a divulgação digital de Claraluz e o Poeta, mudar um pouco a sequência de postagens. O acordo entre nós foi de postar um trecho de um capítulo, sequencialmente, a cada semana. Mas dois motivos fizeram que eu alterasse o rumo desta rotina que estabelecemos.

O primeiro, é que ficou importante publicar os textos depois da revisão gramatical e ortográfica, que está sendo realizada pelo revisor Geraldo Ganzarolli, que neste momento está debruçando e peneirando as palavras, frases, estrofes e pontuações, a fim de deixar Claraluz e o Poeta perfeito para a leitura sadia, sem atropelos gramaticais, mas sem deixar fluir nos textos a liberdade das variações literárias em torno da rigidez das regras ortográficas. E o segundo, como prometi, é finalizar Claraluz e o Poeta neste setembro de tantas esperanças, expectativas e sonhos.

E por isso, decidi postar algo diferente do rotineiro. Para comemorar este setembro tão especial, resolvi selecionar o trecho que motivou a publicação de Claraluz e o Poeta, antes mesmo de estar pronto, e que, graças a este texto, este romance provocou paixões em muitas pessoas, de variados lugares e de naturezas diferenciadas, e indo até além das fronteiras brasileiras, indo parar nos Estados Unidos, Portugal, Itália, Alemanha, Suíça, Argentina e Uruguai, por enquanto.

Este trecho abaixo foi publicado em novembro do ano passado, no mural de uma amiga (cujo nome não revelarei, por razões da privacidade dela), no Facebook, e foi publicado porque, ela sendo minha amiga antes de nos tornarmos amigos facebookianos (ou como diria minha amiga Sara Soares de Oliveira - crítica literária da obra, feicebuquianos), fazia-me conhecer particularidades da sua vida. Depois de ver o seu álbum de fotos, tomado pela emoção daquelas imagens, achei que, em nome do amor que a ele ela dedicou-se, assumiu e enfrentou adversidades, o trecho do livro cair-lhe-ia como luvas. Publiquei, e quando várias pessoas - entre elas a minha querida amiga Alice Okawara, ilustradora de Claraluz e o Poeta - descobriram o texto, descobriram também, por trás dele, um belo romance, que incendiariam almas com a energia do mais belo amor romântico.

E este texto é parte das conversas que Claraluz e Mandel tiveram, quando se conheceram pela internet, através do Messenger. Os nomes vem na frente, reproduzindo uma janela destas dezenas de Messengers que tem na rede, como o msn. E assim, depois de Claraluz ter questionado Mandel sobre o seu suposto ateísmo, ele a devolve com uma maravilhosa expressão poética, saída dos seus mais longiquos rincões da sua paixão por Claraluz. Naquele momento, o amor explode.

Mauro Brandão

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Capítulo VI - O amor romântico rompe as barreiras da distância

Todos nós estamos nos acostumando com a ideia de conhecer pessoas moradoras de outras cidades, de outros estados, e mesmo de outros países, pela internet. O que era novidade, ou excêntrico, agora configura-se como normal. Quantos amigos, amigos daqueles que podemos bater no peito e dizer: - este (ou esta) é meu amigo(a), são frutos destes novos relacionamentos surgidos com o advento da internet? Quantas pessoas conhecemos (às vezes, algum de vocês que leem este texto viveu ou vive algo parecido) que namoram, namoraram ou mesmo se casaram (ou moram juntas, o que dá no mesmo), e que se conheceram numa sala de bate papo, numa rede social, ou através de um grupo virtual? Agências de namoro pipocam por todos os lados nas páginas do mundo internauta. Os relacionamentos ampliaram, mudaram de cara, mudaram de paradigmas, e a distância física entre duas pessoas deixou de ser barreira, deixou de ser empecilho para a formação de uma nova amizade, para o resgate de velhas amizades que se separaram geograficamente, ou mesmo para o encontro e a busca de novos amores. Os corações apaixonados disparam com a presença daquela pessoa, que aparece do outro lado da tela, como se estivessem a menos de meio metro de distância. O mundo mudou com a internet, e, com ele, mudaram as formas e possibilidades do amor romântico.


E em Claraluz e o Poeta, a estória de Claraluz e Mandel é um caso que se mistura a estes milhões de casos de pessoas que se encontraram pela internet e se apaixonaram. Namoram da mesma forma que os antigos casais de namorados namoravam. Os antigos namorados, sentados no sofá da casa da moça, trocavam informações sobre eles, a fim de se conhecerem melhor. Mostravam suas fotografias, seus discos, falavam dos seus gostos, das suas preferências religiosas, dos seus princípios filosóficos, dos seus costumes e hábitos. Na internet, os namorados de hoje fazem a mesma coisa (até dão uma escapulida e realizam seus desejos sexuais também). A diferença é que a poltrona é eletrônica, tecida pelas ondas eletromagnéticas que os permitem estarem juntos, coladinhos. Falta sentir o cheiro? Falta o sabor dos beijos? Falta o afago com as mãos? Falta o ardor da realização sexual? Claro que falta tudo isso, mas isso também se resolve, numa viagem de carro, de ônibus ou de avião. O que importa é que pessoas afins se identificam virtualmente, nesta mega quermesse, neste giga baile, que é a internet.
 
 
O capítulo VI de Claraluz e o Poeta é uma amostra deste namoro virtual, onde Claraluz e Mandel, sentados, grudadinhos no sofá das telecomunicações, trocavam estas mesmas informações, como faziam os namorados de outrora. Por isso, para brindar os namorados do século 21, ofereço uma amostra do namoro de Claraluz e Mandel que, pelo Messenger, trocavam suas informações envoltos em um denso e perfumado ar poético.
  
Mauro Brandão

(não se esqueça, para ler os trechos do livro, no quadro abaixo, em tela cheia, basta clicar no ícone que tem quatro setinhas - abaixo do texto, à direita)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capítulo V - O Contemporâneo Mundo das Drogas

A sociedade moderna convive com uma nova cultura. A cultura do consumo das drogas. Muitas são as substâncias que alteram o estado psíquico das pessoas, e muitas são as que estão disponíveis, ofertadas abundantemente no mercado. Todas elas, para provocar alterações psíquicas, possuem um princípio ativo, uma combinação de elementos químicos, e estes elementos químicos, em sua maioria, provocam dependência orgânica, além de outros efeitos colaterais. Uma pergunta está intrigando a mente das pessoas. Por que, mesmo sabendo dos efeitos, orgânicos e sociais, nocivos das drogas, existe uma multidão de consumidores destas? Não é propósito, até porque seria por demais presunçoso responder a esta pergunta, batendo o martelo. Mas algumas luzes poderão ser lançadas neste debate.

As drogas fazem parte de um grande universo, que é o mercado. Lugar máximo das interações econômicas do paradigma social predominante: o capitalismo. E neste mercado, onde os agentes produtores de bens de consumo procuram maximizar o valor do bem ofertado, criou-se fetiches da mercadoria, onde todas elas adquirem superpoderes, prometendo a tão sonhada felicidade para quem a adquirir. "Compre coca-cola e serás feliz". "Compre tênis Nike e você adquirirá superpoderes". A sociedade utilitarista criou monstros psíquico-sociais perniciosos: a ilusão da felicidade nas mercadorias, o hedonismo, a pressa e a ansiedade.

E a abordagem do mundo das drogas está presente em Claraluz e o Poeta, através de, inicialmente, do personagem José, usuário de crack, que a despeito do tratamento com a psicóloga Esther e de tratamentos com remédios psiquiátricos, resiste, e se mantém consumidor desta substância. Por que é tão difícil o tratamento? Porque o mundo favorece ao consumo de drogas. As drogas são subprodutos desta mesma sociedade ilusória. São vendidas prometendo o hedonismo, a busca do prazer fácil e imediato, da mesma forma que são ofertados os produtos estampados nos outdoors, nas propagandas da TV ou no anúncio do carro de som.

Qualquer olhar moralista sobre as drogas é tão ilusório e inútil quanto à promessa que são feitas sobre os produtos lançados ao mercado. Buscam-se solução para eliminar o consumo de drogas em massa. Já gastaram bilhões de reais, dólares, libras e outras moedas. Todos estes papéis-moeda foram incinerados no forno do desperdício, torrados inutilmente, pois a sociedade continua produzindo bilhões de toneladas de lixo em nome de uma felicidade que jamais será alcançada desta forma. As drogas somente são mais um lixo, dentre muitos lixos produzidos por esta sociedade. Uma mudança na cultura do consumo de drogas só virá com uma mudança de todos os paradigmas sociais vigentes.

Mauro Brandão

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Capítulo IV - As percepções da alma feminina

Na noite anterior da estória, Mandel conhecera Claraluz numa sala de bate papo pela internet. Da sala de bate papo, deslocaram-se para o Messenger, e a intensidade romântica e poética daquela conversa fora tão arrebatadora, e o entrosamento tão instantâneo, que uma forte e irresistível paixão brotou no coração do poeta-sociólogo mineiro, morador da histórica cidade de Sabará, e no coração da pediatra carioca, moradora do elegante e clássico Leblon. Entretanto, eles carregavam histórias pessoais construídas antes de se conhecerem. Enquanto Claraluz era noiva de um também médico endocrinologista, Paulo Barretto, Mandel, além de ser namorado da psicóloga Esther, mantinha uma relação semi-clandestina e informal com Janaína, uma mulher de pele morena, de 20 anos de idade, esculturalmente bela, carismática e dotada de uma aguçada inteligência intelectual e emocional.

E naquela manhã de sábado, Janaina fora a casa de Mandel, e lá tiveram mais um encontro. Janaina não se conflitava com Esther, mesmo que ela não soubesse desta condição de amante. Naquele dia, porém, a sua intuição batera-lhe a porta entregando-lhe um forte sinal amarelo. A revelação desta intuição naquele ambiente feromônico abriu a caixa de surpresas que emergiu da alma de Mandel: a sua novíssima e inevitável paixão por Claraluz. Janaina, após o alerta ensurdecedor da sua intuição e da consequente conclusão de Mandel, sentira sua relação mortalmente golpeada.

A intuição revelada das profundezas psíquicas de Janaina realçou uma das grandes forças presentes na alma feminina. A intuição. A percepção do perigo que ronda sua oca, característica prensada e fincada antropologicamente desde o momento humano que estabeleceu a agricultura como forma de produção econômica, tornando o ser o humano sedentário, e sedimentando históricos e distintos papéis sociais da mulher e do homem na organização social, que se reproduziram no fio da história, até quase os dias de hoje.

Até quase, porque uma dos aspectos da revolução humana em curso é o desaparecimento dos papéis clássicos do homem e da mulher nos diversos arranjos sociais, desde a família até grandes sociedades multinacionais. Mas os aspectos mais profundos que marcam a alma feminina e a alma masculina permanecem intactos. A intuição é um peixe-correio, que traz mensagens criptografadas do fundo deste mar da psique humana até a  sua tona, donde são resgatadas e recolhidas pela consciência, a pele da alma feminina.

E a mensagem resgatada pela consciência de Janaina era implacável: a sua relação estava mortalmente golpeada. O sinal de alerta, sinal de vida da sua alma feminina acendeu ofuscando-a. Como diria minha querida Alice Okawara, inspiradíssima artista plástica, ilustradora de Claraluz e o Poeta, durante um encontro que prazerosamente tivemos há algumas horas (geograficamente, melhor explicando, porque virtualmente encontramo-nos todos os dias): o karma é a nossa história individual, uma história que já nos vem escrita. A história que apareceu diante dos olhos de Janaina não era a história dos seus sonhos. Era a história que, karmaticamente, estava reservada a ela.

Mauro Brandão



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Capítulo III

As relações a distância são cada vez mais comuns, dominam cada vez mais os hábitos entre as pessoas, e estão cada vez mais misturando-se ao caldo da cultura mundial. As barreiras geográficas estão sendo quebradas, e por isso podemos acreditar que uma nova era humana está se instalando, permeando com a velha Era que chamamos de Idade Contemporânea, mas que deixará de ser contemporânea, pela acepção da palavra.

Claraluz e o Poeta é um romance que  mira nos comportamentos desta nova cultura, desta nova ordem mundial. A paixão de Claraluz por Mandel, e vice versa, é um dos casos típicos de demonstração desta cultura recém-instalada. A despeito de todos os riscos que podem acarretar um relacionamento virtual, as pessoas estão descobrindo que está mais fácil descobrir seus pares pela internet, pois através da rede mundial, as pessoas se aproximam por afinidade, e a escolha é mais fácil, ou seja, as pessoas só se aproximam se houver afinidades.

E a afinidade entre Claraluz e Mandel é percebida quase que instantaneamente. A poesia, tão escassa na vida de Claraluz, lhe é revelada por Mandel de forma arrebatadora. Claraluz percebe que sua "alma gêmea" se revelara, e seu entusiasmo era tão grande, que ela se rendeu sem resistências. O fogo da paixão acendera em Claraluz, e ela revela, com todo o fogo que a paixão proporciona, à sua amiga Regina, conselheira e braço direito, que estava apaixonada. Em menos de duas horas depois de ter conhecido Mandel, Claraluz se apaixonara. E neste capítulo III, uma demonstração desta paixão, nas palavras de Claraluz em conversa com sua amiga Regina.

Mauro Brandão.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Capítulo II

300 páginas...

A construção de Claraluz e o Poeta ultrapassou a marca das 300 páginas. A emoção de estar escrevendo os últimos capítulos é inenarrável. E esta emoção está sendo traduzida em palavras, fincadas em cada página deste romance que vai conquistar muitas mentes e corações. Esta certeza é fruto de várias experiências, e uma delas eu vou partilhar com vocês.

Outro dia, um colega de trabalho pediu para ler algumas páginas do livro. Emprestei meu netbook, e deixei que ele lesse à vontade. Em umas duas horas, ele leu 41 páginas, até o capítulo VII. Ele se surpreendeu com a história, apaixonou-se por ela, e me implorou para que eu mandasse os outros capítulos pro email. Eu disse que era para ele aguardar, porque outras pessoas também estavam na expectativa, e que o mais democrático seria se todos sentissem esta mesma expectativa juntos. E o que mais me surpreendeu foi ele ter dito que não tem o hábito da leitura.

Por isso, a minha expectativa é de que Claraluz e o Poeta seja um bom motivo também para que as pessoas adquiram o saudável e importante hábito de ler, pois quem lê amplia sua visão de mundo, das pessoas e de si mesmo.

E agora, um trecho do capítulo II. É ambientado no Messenger, numa conversa virtual entre Claraluz e Mandel, e é sequência do capítulo I, onde nossos personagens dão sequência à conversa iniciada numa sala de bate papo. Mais uma vez, procurei ambientar a conversa de acordo com os padrões usados pelos internautas. Os nomes vem na frente, como normalmente vem nas janelas dos vários Messengers (msn, yahoo, bol, etc).

Mauro Brandão
Vamos lá:
(...)

Claraluz: EU estava desequilibrada! Tô me sentindo livre, leve e solta agora. Tava precisando tanto disso, me libertar, nem que fosse por alguns momentos... nem te conheço direito, mas não tenho como negar que estou mais aliviada. Estava muito sufocada.

Claraluz: Desculpe-me mais uma vez, Mandel, mas parece que estou te usando...

Mandel: opsssss!!!! Nada disso! De forma alguma vc está me usando. Não sou psicólogo, mas tenho uma atração fatal por certas tendências do pensamento, e como descobriu Jung, existe um fenômeno chamado sincronicidade, que mostra que muitas situações não são coincidências, ao contrário, existem razões para que estas “coincidências” aconteçam. E o universo conspira a nosso favor, pode ter certeza.

Mandel: Não nos encontramos por acaso. Nos encontramos porque precisamos um do outro... o mesmo efeito que nosso encontro causou em vc causou também em mim... eu também vivo esta angústia, percebendo que preciso dar um rumo nas coisas do coração, pois estou insatisfeito com alguns fatos da minha história em construção. Entrei no bate papo sem rumo, sem sentido, olhando todas as possibilidades como inúteis e sem razão de existir...

Mandel: e uma destas inutilidades foi ter entrado na sala de bate-papo. Mas, por encanto, pela força da magia que trás sentido às coisas, surge você!!! A luz que clareou minha alma...!!! Claraluz...!!! A luz é a razão da existência, que nos mostra as ondas do mar acariciando a areia da praia. A luz nos permite enxergar as estrelas e contá-las eternamente. A luz abre as janelas dos olhos, e por estas janelas entram o beija-flor, a cachoeira e o verde das matas. A luz nos faz sentir o sabor da graciosidade das crianças, a sabedoria dos mais velhos e o vigor dos jovens. A luz é sinônimo da sabedoria, da paz, da felicidade e do amor. E esta é a mesma luz, poderosa e sublime, que incide implacavelmente em mim agora, irradiante e clara, Claraluz...

Claraluz: estou levitando... que delícia a poesia em nossas vidas... como é importante!!!

Claraluz: Vc é uma pessoa especial, Mandel. Pelo pouco que te conheci, percebi que és uma pessoa iluminada, inteligente, sensível e muito humana...

Mandel: Fico muito feliz em ouvir de vc estas impressões que está tendo a meu respeito. Pode estar certa de que elas são verdadeiras, modéstia à parte, e jamais vou trair estas impressões que estão construindo o meu formato em sua cabeça e, principalmente, em sua alma. E quero comentar outra coisa. Também adoro meu nome, que foi escolhido pelo meu pai, Gabriel. Mandel sugere Mandela, Nelson Mandela, uma das pessoas mais iluminadas desta nossa humanidade, e que, com seus sonhos, sofrimentos, fé e lutas, reverteu definitivamente a política do apartheid que reinou sobre mais de dois séculos a África do Sul.

(...)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Capítulo I

Olá pessoal.

Esta é a nossa primeira quarta-feira, e, portanto, vou postar um trecho do primeiro capítulo. E como vocês ainda não conhecem a história, vou passar alguns esclarecimentos. Claraluz e o Poeta foi dividido em três partes: A Primeira é marcada pela apresentação dos personagens e suas características. A Segunda é o desenvolvimento da trama, resultado do romance que se estabeleceu entre Claraluz e Mandel, onde os personagens movimentam-se nesta espécie de tabuleiro de xadrez social, e a Terceira é marcada pelos resultados destas ações que desembocará no destino de cada personagem.

Capítulo I
Este capítulo narra a forma como Claraluz e Mandel se conheceram, através de uma sala de bate papo na internet. Claraluz usa o apelido de gata_medica e Mandel usa o apelido de lednam. No capítulo, os apelidos aparecem na frente dos diálogos, reproduzindo o formato de uma destas salas de bate papo que encontramos por ai. Procurei utilizar uma linguagem típica dos internautas nestes meios, inclusive as abreviaturas e expressões como vc (você), rsrsrs e outras que encontramos comumente. Tentei não exagerar nestas expressões para não tornar a leitura cansativa e ininteligível e, assim, mesclei formas de linguagem. Claraluz e Mandel se apaixonam rapidamente, pela força da poesia, elemento de encanto comum dos dois personagens.

Algumas observações:
> Claraluz cita a escritora Agatha Christie na conversa, que usa de características em suas obras que coincidem com vários capítulos do romance Claraluz e o Poeta. Os enigmas e suspenses.
> Partes de poesias, como as que aparecem neste trecho (Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e Olavo Bilac) fazem parte da personalidade do romance recheado de poesias destes e outros autores.

E então, um trechinho do Capítulo I, e junto com ele, meu abraço caloroso.
Mauro Brandão

(...)

gata_medica: mas me diga, e este nick diferente, lednam, de onde veio?
lednam: olha, pra desvendar este mistério, não precisa nem chamar o detetive Hercules Poirot! – referindo-se ao personagem criado por Agatha Christie em muitas de suas obras – Ta mais fácil do que tirar pirulito da boca de neném.
gata_medica: deixa pensar... me dá 3 segundos...
gata_medica: já sei!!! Mandel é seu nome, certo?????
lednam: assim não vale!!! Mas tudo bem. Vc acertou a origem do nick lednam, e leva um Mandel pra casa, pra dormir no mesmo travesseiro que vc dorme...
gata_medica: mas é muito safado mesmo, gente!!! Como é cara-de-pau!!! kkkkkkkk
lednam: safado não, apaixonado à primeira teclada por uma gata que curou, como um milagre, o meu coração, e acendeu a poesia adormecida que estava triste por não ter um facho de luz para brilhar...
lednam: E para provar, me deixa recitar um pedaço de um poema de Cecília Meireles pra vc?
gata_medica: fique a vontade...
lednam: “Eu canto porque o instante existe...
lednam: e a minha vida está completa...
lednam: não sou alegre nem sou triste...
lednam: sou poeta...”
lednam: sou poeta, e fui curado graças a um anjo providenciou nosso encontro e iluminou novamente a minha alma poética...
gata_medica: gostei...
lednam: então vai outro pedaço, de Carlos Drummond de Andrade:
gata_medica: artilharia de peso... hummmmm...!!!
lednam: “O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar...
lednam: ... O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar...
lednam: ... O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar."
gata_medica: que lindo...!!!
lednam: e só mais um, de Olavo Bilac
gata_medica: pode...
lednam: “Eu vos direi: Amei para entendê-las...
lednam: Pois só quem ama pode ter ouvidos...
lednam: capaz de ouvir...
lednam: e entender as estrelas”
lednam: venha contar estrelas comigo, vamos viver a nossa alma humana, tão sufocada pelo teatro do absurdo que nos bate a porta dia-a-dia...
gata_medica: gostei muito... muito... Seu doido!!!
gata_medica: vc é um poeta com um senhor bico doce... quantas namoradas já arranjou pela internet? É difícil não se deixar levar por estas poesias maravilhosas... vc deve ter uma coleção...
lednam: que nada!!! – mudando o tom da conversa – Não costumo entrar nestas salas de bate-papo. Estava entediado e sem saber o que fazer. Entrei e sai em várias salas, e só insisti com vc por 2 motivos. Pq me atraí por este nick, gata_medica, e pq a minha intuição falou muito alto, e me disse que vc é uma mulher especial. Nunca recitei poesia para ninguém nestas salas de bate-papo.
gata_medica: eu tb não tenho costume. Nas poucas vezes que entrei, só fiquei observando como as pessoas se comunicavam por aqui, mas é a primeira vez que falo com alguém numa sala de bate papo. É impressionante como as cantadas dos homens são tão vazias e sem criatividade... vc, pelo menos, usou argumentos mais inteligentes e com muita poesia. Custei a lhe responder, mas fiquei observando a forma que me abordava. Percebi que vc pelo menos não se comportava como a maioria e resolvi responder. E gostei de ver outra coisa que foi quando citou o detetive Poirot. Me lembrei das histórias da Agatha Christie, que eu adorava ler quando tinha meus 16 anos.

(...)

domingo, 3 de julho de 2011

A história de Claraluz e o Poeta em sinopse

Olá pessoal.

A partir desta semana, nas quartas-feiras, serão publicados trechos e notícias sobre Claraluz e o Poeta. E de vez em quando, extraordinariamente, em datas diferentes, conforme as coisas forem acontecendo. Segue abaixo o Prólogo do romance editado pela turma da 4eUm. Um presente a todos que estão doidos pra ler, e não sai nunca. E talvez, na semana que vem, novidades maravilhosas. Talvez até já podendo falar da grande editora nacional que lançará Claraluz e o Poeta.

Bom domingo a todos e abraços.
Mauro
  Prólogo Claraluz e o Poeta
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A saga de Claraluz e o Poeta

Olá pessoal.

Esta postagem inaugura o site http://claraluzeopoeta.com.br/, realizado com brilho e sensibilidade pela empresa 4eUm, a agência de Marketing Digital (http://www.4eum.com.br/) que cuidará da divulgação do livro e que concebeu este blog. Este trabalho é fruto da concepção de uma bela obra, o romance Claraluz e o Poeta, de minha autoria, que comecei a escrever em novembro do ano passado, e que, neste momento, está quase pronto, com 42 capítulos.

Claraluz e o Poeta é a minha primeira grande obra literária, e este dom de escrever remonta desde quando eu era bem novinho. Antes de completar 4 anos de idade, eu aprendi a escrever, graças a ajuda do meu pai, Nilson Pinto Brandão, inicialmente, e depois com minhas próprias pernas (ou olhos). Aos 6 anos, como bem lembrou minha amiga Mônica Coelho, eu "pulei" do pré para o 1º ano escolar, porque eu avacalhava a aula. Como eu sabia ler, respondia tudo na frente dos meus colegas e virei problema para minha professora, Maria do Carmo, já falecida, filha de seu Vicente padeiro. Fui de mãos dadas com a diretora dona Maria de Lourdes Jacob Paulino, da Escola João Monlevade até a escola Francisco Paula Castro, no bairro José Brandão, direto para a sala da professora Joana Borges, que será homenageada no lançamento do livro. Depois, venci dois concursos de redação quando fazia o 2º grau, e esporadicamente escrevi para os jornais "Caeté" e "Opinião". Sempre fui bem nas redações dos vestibulares e nas minhas coisas que escrevia para os jornais, mas ainda não havia acordado de vez para este dom, que veio forte e pra ficar.

Sinto-me privilegiado geneticamente, pelas minhas heranças. Pelo lado da minha mãe, Lucy, a música. - sou neto do maestro Juvenal Alves Vilela, um grande músico, amigo de Ari Barroso. Pelo lado do meu pai, Nilson, a literatura, que trás Guimarães Rosa como o maior ícone (ver http://mauro-maurobrandao.blogspot.com/). Brincar com as palavras me transporta ao mundo da magia. Me sinto um bruxo quando escrevo, como num pequeno trecho de Claraluz e o Poeta:

"Instantes depois, as lágrimas arrombam o portão da fechada cidade da Bolsa Lacrimal daqueles dois corpos. Os soldados do Movimento de Resistência da Entrega Emocional perderam o controle sobre a rebelião das lágrimas encarceradas por longos anos, condenadas a não poderem brincar com o amor fraterno entre pais e filhos. As lágrimas estavam livres e saiam cantarolando, como num grande coral, pelos rostos de Claraluz e Getrudes. Desciam e molhavam com gotas de magia as roupas daquelas mulheres reencontrantes, que permitiam que saíssem todas, até a última lágrima, que pasma, custava a acreditar que enfim, estava livre.".

Em breve será disponibilizado o prólogo de Claraluz e o Poeta aqui neste blog, para que todos possam saber como será esta história emocionante, e que habitará a mente e o coração das pessoas. Quero agradecer aos meus amigos que me apoiam incondicionalmente (Patrícia Urias eu não posso deixar de mencionar, e através da Patrícia, estendo a todos os amigos este abraço), à pequena equipe já montada para a edição e o lançamento de Claraluz e o Poeta:
. Sara Soares de Oliveira: crítica literária (acompanhou desde o 1º cap, e cada cap debatido pelos divesos meios: telefone, internet, telepatia, etc).
. Geraldo Ganzarolli: revisor
. Alice Okawara: ilustração
. Margareth Pinheiro: cerimonial de  lançamento do livro
. 4eUm: Divulgação digital (com grande abraço pra vocês, Vanessa, Bela, Juliana, Luana e Pedro)

No Facebook aparece já os personagens Claraluz (Clarissa Montenegro) e Mandel (Mandel Poeta), que irão interagir com os internautas-leitores. Estão sendo construídos pela 4eUm de acordo com a descrição que o livro dá a eles, e que já foram disponiblizadas 36 páginas para a empresa 4eUm. Eles também já tem conta no Twitter. Chique, não?

E falando em produção literária, mais 4 livros já foram iniciados:
. Na Solidão do Outro - ficção psicológica;
. Tempestade Magnética - ficção científica;
. A História do Homem e do Universo: crítica ao fundamentalismo - ensaio filosófico existencial.
. O Ladrão das Poesias - conto infantil

E assim, comemoremos. Está inaugurado, com muita emoção, o site http://claraluzeopoeta.com.br/

Abraços
Mauro Brandão