quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Capítulo VI - O amor romântico rompe as barreiras da distância

Todos nós estamos nos acostumando com a ideia de conhecer pessoas moradoras de outras cidades, de outros estados, e mesmo de outros países, pela internet. O que era novidade, ou excêntrico, agora configura-se como normal. Quantos amigos, amigos daqueles que podemos bater no peito e dizer: - este (ou esta) é meu amigo(a), são frutos destes novos relacionamentos surgidos com o advento da internet? Quantas pessoas conhecemos (às vezes, algum de vocês que leem este texto viveu ou vive algo parecido) que namoram, namoraram ou mesmo se casaram (ou moram juntas, o que dá no mesmo), e que se conheceram numa sala de bate papo, numa rede social, ou através de um grupo virtual? Agências de namoro pipocam por todos os lados nas páginas do mundo internauta. Os relacionamentos ampliaram, mudaram de cara, mudaram de paradigmas, e a distância física entre duas pessoas deixou de ser barreira, deixou de ser empecilho para a formação de uma nova amizade, para o resgate de velhas amizades que se separaram geograficamente, ou mesmo para o encontro e a busca de novos amores. Os corações apaixonados disparam com a presença daquela pessoa, que aparece do outro lado da tela, como se estivessem a menos de meio metro de distância. O mundo mudou com a internet, e, com ele, mudaram as formas e possibilidades do amor romântico.


E em Claraluz e o Poeta, a estória de Claraluz e Mandel é um caso que se mistura a estes milhões de casos de pessoas que se encontraram pela internet e se apaixonaram. Namoram da mesma forma que os antigos casais de namorados namoravam. Os antigos namorados, sentados no sofá da casa da moça, trocavam informações sobre eles, a fim de se conhecerem melhor. Mostravam suas fotografias, seus discos, falavam dos seus gostos, das suas preferências religiosas, dos seus princípios filosóficos, dos seus costumes e hábitos. Na internet, os namorados de hoje fazem a mesma coisa (até dão uma escapulida e realizam seus desejos sexuais também). A diferença é que a poltrona é eletrônica, tecida pelas ondas eletromagnéticas que os permitem estarem juntos, coladinhos. Falta sentir o cheiro? Falta o sabor dos beijos? Falta o afago com as mãos? Falta o ardor da realização sexual? Claro que falta tudo isso, mas isso também se resolve, numa viagem de carro, de ônibus ou de avião. O que importa é que pessoas afins se identificam virtualmente, nesta mega quermesse, neste giga baile, que é a internet.
 
 
O capítulo VI de Claraluz e o Poeta é uma amostra deste namoro virtual, onde Claraluz e Mandel, sentados, grudadinhos no sofá das telecomunicações, trocavam estas mesmas informações, como faziam os namorados de outrora. Por isso, para brindar os namorados do século 21, ofereço uma amostra do namoro de Claraluz e Mandel que, pelo Messenger, trocavam suas informações envoltos em um denso e perfumado ar poético.
  
Mauro Brandão

(não se esqueça, para ler os trechos do livro, no quadro abaixo, em tela cheia, basta clicar no ícone que tem quatro setinhas - abaixo do texto, à direita)

Um comentário:

  1. Poxa voce esta falando de mim (na verdade do que eu estou vivenciando). Adoro assuntos assim e por isso me identifiquei com seu blog! pode contar comigo para o que precisar!bjus

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